terça-feira, 9 de junho de 2009

Escolas Econômicas

Existe uma salada de idéias e conceitos errados sobre a economia entre o público leigo (como eu), pois sendo explicada apenas pelos que tem o poder e o microfone, parece ser um único corpo do conhecimento humano, quando na verdade, são várias correntes de pensamento, muito contraditórias na hora de entender e explicar o funcionamento dos mercados.

Depois de ler alguns livros, passei a entender um pouquinho melhor as diferentes correntes de pensamento, a tentar identificar as opiniões dos diferentes economistas e a enquadrar as medidas adotadas pelos governos.

As correntes que consegui identificar são basicamente o liberalismo, o socialismo, o keynesianismo, a escola austríaca, o monetarismo e o neo-liberalismo, em ordem cronológica. Os liberais clássicos (Adam Smith e Ricardo) aplicando a lógica nas suas observações sobre a economia, e sendo rigorosos na política monetária (aderindo ao padrão ouro), destacaram a eficiência dos agentes econômicos independentes (o livre mercado) e as interferências ineficientes do estado, quase sempre com fins improdutivos e motivos particulares. Segundo essa visão, a riqueza é criada com fins egoístas (o bem estar pessoal), utilizando os recursos existentes, a terra, e a capacidade produtiva da divisão do trabalho. A busca do bem estar pessoal promove a riqueza geral. Adverte sobre as tentações permanentes dos governos e dos grupos próximos ao governo de gastar demais, e de manipular a moeda como mecanismo de financiamento desses gastos, além das regulamentações, subsídios, políticas tributárias discricionais, etc., e destaca o papel do livre mercado, através das recompensas (lucros) e castigos (prejuízos), como o melhor mecanismo para as pessoas se entenderem.

A escola austríaca se apóia nesses conceitos, acrescentado um marco científico (modelos matemáticos) para entender o funcionamento de oferta e demanda, e dos ciclos de produção.

Pessoalmente, acho que é esse o marco teórico que mais claramente explica os motivos dessa crise: a manipulação monetária descontrolada, após o fim do padrão ouro, em benefício do próprio governo e de grupos privados (basicamente, o sistema financeiro). A saída seria o restabelecimento de um padrão moeda-mercadoria, em detrimento da moeda fiduciária, o processo de falências, destruindo dívidas, e a adoção de políticas fiscais razoáveis e lógicas: gastar menos do que se ganha para pagar dívidas. Obviamente, essa é a solução menos cogitada de todas. O fim da máquina de imprimir dinheiro, além de obrigar aos governos, corporações e pessoas físicas a viver com os recursos existentes, significaria inicialmente a bancarrota de milhes de milionários e bilionários mundo afora, e a transferência dos meios de produção dessas mãos (via leilões) para novos empreendedores. Acredito que isso rapidamente permitiria as sociedades florescerem, e equilibraria a renda entre a população. É o fim dos privilégios.

TEXTO COMPLETO Aqui: Luz das Velas


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